USO DE RECURSOS DIGITAIS
EM SALA DE AULA
A tecnologia digital começou a ser incorporada à educação
no Brasil pelo ensino superior: já nos anos 1970, os primeiros computadores
chegaram a algumas universidades, que podiam ser contadas nos dedos das mãos.
As máquinas ocupavam salas inteiras devido ao seu tamanho. No fim da década de
1980, quando os ‘dinossauros’ de outrora já haviam dado lugar a computadores
mais compactos, a tecnologia começou a entrar nas escolas. Segundo Maria
Elizabeth Almeida, pesquisadora, professora e coordenadora do Programa de
Pós-Graduação em Educação da PUC-SP, as primeiras experiências já apontavam
para duas vertentes. De um lado, havia a ideia de aproveitar a tecnologia para
introduzir o ensino de informática como disciplina nas escolas; de outro,
começava-se a pensar em projetos interdisciplinares e em softwares educativos
que complementassem o ensino de diferentes disciplinas nas salas de aula.
Hoje, ter um laboratório – ou mesmo salas de aula –
equipado com PCs e outras novas tecnologias (como lousas eletrônicas ou o
Projetor ProInfo, sobre os quais você lerá mais adiante) é uma realidade que
abrange cada vez mais escolas. Na rede pública, a previsão do Ministério da
Educação (MEC) é que, até o fim de 2010, 93% dos alunos terão acesso a
computadores. Eles estão sendo beneficiados pelo Programa Nacional de Formação
Continuada em Tecnologia Educacional, o ProInfo Integrado, que vem equipando a
rede pública com laboratórios e softwares desde 2006. Até o fim do ano, 70 mil
escolas do país terão sido atendidas pelo programa, tanto nas cidades quanto em
áreas rurais. Mas já não basta mais ter computadores; é preciso que eles
estejam conectados. Portanto, o acesso à internet também alcança um número cada
vez maior de instituições de ensino.
Esse mundo é extremamente
dinâmico e oferece novas possibilidades de interação e comunicação, seja
através de redes sociais, blogs, bate-papos virtuais, sites onde
se compartilha fotos e vídeos ou recursos multimídia. É o mundo da sociedade da
informação e do conhecimento, e, para acompanhá-lo. “Para as crianças, é
natural nascer nessa cultura. A escola não pode querer atendê-las como atendia
os nossos pais”, alerta a professora Léa da Cruz Fagundes, da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Pelas nossas pesquisas eles criam,
pesquisam, produzem. Temos que mudar os modelos de ensino. Não se pode dar aula
para alunos com computador como se fazia quando tinham lápis e caderno”, ensina
ela, que tem 80 anos e desmente, diariamente, o mito de que idade e novas
tecnologias são incompatíveis.
Revista TV Escola
| maio/junho 2010
Adaptado
professora Vanessa Aquino
Eu sempre que possível procuro dar uma aula diferente, assim eu consigo despertar novamente o interesse dos meus alunos e usar diferentes mídias no processo de ensino-aprendizagem.